Conjunto de ilustrações a respeito de manifestações do carnaval de Pernambuco - Brasil. Para produzir as ilustrações, além de contornos bem demarcados, carrego nas cores vivas, marcantes desta brincadeira. Todas as ilustrações foram produzidas utilizando o software Krita.

O caboclo de Lança integra a brincadeira de Maracatu Rural, que ocorre em áreas rurais na Zona da Mata Pernambucana, onde há a monocultura da cana de açúcar. A indumentária inclui o elmo, uma vestimenta coberta de lantejoulas e uma lança adornada com tiras de tecido. O brincante normalmente usa óculos escuros e carrega um cravo ou uma rosa na boca. A ilustração mostra um caboclo de lança correndo em uma estrada de terra no meio do canavial.

Esta brincadeira que tem origem nas tribos indígenas do sertão de Pernambuco - Brasil. Os brincantes vestem tangas, cocares e adornos de braços e pernas feitos de plumas. Também levam um arco e flecha cuja batida marca o ritmo da dança. A dança exige extremo vigor físico dos bailarinos. Na ilustração o caboclinho brinca em uma área típica do sertão (região semiárida) com plantas nativas como macambira e mandacaru.

Brincadeira praticada em cidades do interior Pernambucano, principalmente no agreste. Os brincantes veste fronhas ou sacos de lonas nos quais desenham rostos de monstros - o caipora. Na altura da cintura vestem uma blusa cujos braços são preenchidos com algum tecido. A ilustração mostra um brincante em uma rua típica nestas cidades com casas conjugadas, de formato idêntico, diferenciado apenas pelas cores da pintura.

O Maracatu (ou Maracatu Nação) é uma brincadeira que tem relação direta com as nações africanas cujos integrantes foram escravizados e trazidos até pernambuco para trabalho forçado na lavoura de cana de açúcar; até meados do século XIX. As manifestações dos negros eram reprimidas, mas na época do carnaval havia certa tolerância; então cada nação realizava o desfile de seu cortejo no centro da Capital do Estado - Recife. O desfile inclui a corte, rei rainha, e um séquito. A ilustração mostra uma das integrantes do séquito, a Dama do Paço, que carrega uma boneca chamada Calunga. A dama está sob uma rosa dos ventos, uma alusão ao marco zero, principal marco turístico no Bairro do Recife Antigo. Ao fundo edifícios típicos deste bairro cuja arquitetura remonta a diferentes épocas.

A partir dos Maracatus Nação começaram a surgir grupos de percussão, que não tinham mais correlação direta com as antigas nações africadas. Estes grupos são integrados por pessoas de diferentes origens e idades; seu objetivo é praticar a música que anima os dias de carnaval. A ilustração mostra um batuqueiro com a alfaia, um tambor utilizado no Maracatu feito normalmente de madeira e pele de couro de boi fixada com auxílio de cordas. O batuqueiro está próximo à margem do Rio Capibaribe, que corta a cidade do Recife e lhe dá o apelido de "Veneza Brasileira". Ao fundo, pés de mangue e do outro lado da margem edifícios do centro da cidade.