Rebeca Campagnoli's profile

Pargarávio - cozinha imaginária

Solumbrava, e os lubriciosos touvos
Em vertigiros persondavam as verdentes;
Trisciturnos calvam-se os gaiolouvos
E os poverdidos estriguilavam fientes.
 
“Cuidado, ó filho, com o Pargarávio prisco!
Os dentes que mordem, as garras que fincam!
Evita o pássaro Júbaro e foge qual corisco
do frumioso Capturandam”.
 
O moço pegou da sua espada vorpeira:
Por delongado tempo o feragonista buscou.
Repousou então à sombra tuntumeira,
E em lúmbrios reflaneios mergulhou.
 
Assim, em turbulosos pensamentos quedava
Quando o Pargarávio, os olhos a raisluscar,
Veio flamiscuspindo por entre a mata brava.
E borbulhava ao chegar!
 
Um, dois! Um, dois! E inteira, até o punho,
A espada vorpeira foi por fim cravada!
Deixou-o lá morto e, em seu rocim catunho,
Tornou galorfante à morada.
 
“Mataste então o Pargarávio? Bravo!
Te estreito no peito, meu Resplendoroso!
Ó gloriandei! Hosana! Estás salvo!”

E na sua alegria ele riu, puro gozo.
 
Solumbrava, e os lubriciosos touvos
Em vertigiros persondavam as verdentes;
Trisciturnos calvam-se os gaiolouvos
E os poverdidos estriguilavam fientes.
 
Pargarávio - cozinha imaginária
Published:

Pargarávio - cozinha imaginária

Project made for Illustration class based on the Jabberwocky poem of Through the Looking-Glass and What Alice Found There, by Lewis Carroll.

Published: