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MORADORES DE RUA NA REGIÃO DO IPIRANGA
Com o crescimento de pessoas nessas condições, prefeitura cria projeto "Operação Baixas Temperaturas"
Por: Joseane Cananda - RMG: 27410170
     Ao descer na estação Sacomã, que integra a Linha 2 – Verde, do Metrô, é notável avistar os grupos de moradores de rua ao redor do prédio. Nas saídas, e até mesmo dentro da estação, é possível encontra-los em colchões improvisados ou barracas montadas, como na calçada da rua Agostinho Gomes por exemplo. 
Calçada da Estação Sacomã, 06/06/2022
     Nas manhãs mais frias, que é o caso dos últimos meses desse ano, muitos deles dependeram papelões para se aquecer. Alguns grupos, também perto da estação – mais a frente, na Praça Padre Pedro Balint – chegaram a se acumular em torno de fogueiras improvisadas para suportar as temperaturas que chegaram abaixo dos 10ºC.
     De acordo com o G1 São Paulo, em 2019 a população de rua na região do Heliópolis – bairro localizado no distrito de Sacomã – era de 193 pessoas. A pesquisa foi refeita em 2021 pelo Observatório de Olho na Quebrada, e apontou um crescimento de 182%, sendo 544 pessoas nessas condições.
    Infelizmente, o cenário não se aplica apenas a essa região. Encontra-se atualmente, segundo dados da prefeitura de São Paulo, cerca de 32 mil cidadãos em situação de rua - um crescimento de 31% em relação a 2019.
       Presentemente, na região do Ipiranga, existe apenas um albergue público fornecido pela prefeitura, localizado na Vila Nancy, na Av. Pres. Tancredo Neves, além de quatro centros de acolhimento voltado às crianças e adolescentes. Esse albergue chama-se “Estação Bem-estar”, e possui no total 100 vagas para acolhimento; 80 para homens e 20 para mulheres.
    A medida pública adotada pela Prefeitura de São Paulo para auxiliar essas pessoas, denominada Operação Baixas Temperaturas, conta com as equipes da Coordenação de Pronto Atendimento Social (CPAS) da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) para realizar os atendimentos. Antecipando o frio intenso do outono deste ano, essa operação foi intensificada a fim de acolher o máximo de cidadãos possíveis.
Imagem disponível no site www.prefeitura.sp.gov.br
        Além de novas 10 tendas distribuídas nas regiões de toda a cidade, será ampliado o número de vagas nas redes socioassistencial, assim como suportes na saúde e alimentação, como destruição de sopas, bebidas e cobertores. Segundo referências da prefeitura, desde 05 de maio deste ano foram realizadas 2.840 assistências.
     Mas essa medida não precisa ser a única. Existem, por exemplo, várias campanhas de agasalho espalhadas pela cidade, assim como o recolhimento e distribuição de alimentos feitos por igrejas e entidades religiosas, como é o caso da Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana, localizada na R. Marques de Lages. Os membros da igreja e da comunidade podem doar alimentos, roupas e cobertores diretamente na sede da própria Igreja, e a equipe responsável pelo compartilhamento se encarrega de atender aos grupos e pessoas em situações carentes. 
     Existe, também, o serviço de atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade, e que pode ser solicitado por meio da central telefônica 156, SAC, e pelo Aplicativo SP156, disponível para Androide e iOS. Esse serviço, acessível tanto a Órgãos Governamentais como não governamentais, pode ser solicitado 24 horas por dia, dependendo apenas da atenção e empatia daqueles que estão de frente a essa situação e desejam ajudar. Esses elementos são, ainda, aliados cruciais para esse e vários outros problemas encontrados na nossa sociedade.
Imagem disponível no site www.prefeitura.sp.gov.br
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