Um cientista se infectou com o vírus e precisa ir atrás de uma cura.

Em uma cidade quase deserta devido à quarentena, o cientista decide fazer o trajeto até o laboratório principal, onde se encontrava todas as suas pesquisas e todos os equipamentos que ele precisaria para fazer a cura, e assim se curar e salvar a humanidade junto… porém o perigo lhe aguardava lá fora.

O dia amanheceu com o cientista em sua casa, dando voltas por sua sala de estar e pensando em como sair em meio a uma pandemia para chegar até seu objetivo. 

Saindo pela porta principal o cientista observa a rua deserta, nada além de poucos animais andando e voando por aí. Um pouco receoso, o cientista começa seu trajeto, o laboratório ficava relativamente longe, e teria que fazer pausas no caminho para pegar suprimentos e descansar, visto que estava infectado e não era exatamente a melhor opção sair andando por ai.

Os alto falantes na rua anunciam que pessoas infectadas que caminhassem pela rua seriam multadas e escoltadas para um lugar isolado, onde teriam que passar alguns dias. Algo parecia errado naquilo tudo, mas era difícil identificar o que exatamente estava fora do comum, afinal nada estava normal.

Em sua mochila o cientista carrega: armas, álcool em gel, kit de primeiro socorros e quatro protótipos da cura, que ele poderia injetar nele caso se sentisse muito mal. Claro, também tinha alguns snacks e água, quarenta munições extras e uma faca de caça. Possui em seus bolsos um celular, um relógio de pulso, seus documentos e uma caneta.

Olhando em volta o cientista continua seu caminho, não poderia ir de carro e nem de ônibus, poderia ser parado pelas autoridades, a pé teria mais chance de se esconder. Quase ninguém sabia a verdade sobre o vírus, o cientista, por outro lado sabia muito mais que deveria, e por isso corria perigo. Ele desconfiava que havia sido infectado por um dos funcionários do laboratório C023, e não seria uma surpresa quando descobrisse qual deles teria feito isso.

Sua habilidade principal era sua inteligência e sua agilidade em criar armas de emergência, o que ajudava bastante em sua missão.

Passando pela primeira bifurcação na rua, havia um beco de onde saiu um homem esguio, ele não parecia muito bem, estava cambaleando, o cientista se aproxima, cauteloso, e pergunta se há algo de errado, mas ele não contava com o que se seguiu. O homem o atacou, e mesmo se esquivando acabou sendo atingido com um enorme arranhão no braço, o cientista pegou sua faca do bolso lateral da mochila e atacou o homem de volta, que caiu para trás, dando a oportunidade do cientista sair correndo.

Sem olhar para trás, o cientista continua seguindo seu caminho, até encontrar uma farmácia, que logo entrou andando até o corredor mais afastado do local, queria procurar gaze para limpar o ferimento e sair dali antes que alguém o visse. Rapidamente mexeu em sua mochila e pegou seu kit de primeiro socorros, usando o álcool, o anticéptico e o esparadrapo. Guardou tudo de volta na mochila e deu uma olhada pelas prateleiras à procura de outro kit de primeiro socorros. Encontra um, o pega e vai até o caixa pagar, mantendo a cabeça baixa para não verem seu rosto, após pagar pelo kit saiu da farmácia e continuou seu trajeto à caminho do laboratório.

O cientista pegou seu celular e deu uma olhada em sua agenda, tentando entender o que seria aquele homem que o atacou, será que ele estava sob efeito de alguma droga? Não sabia dizer.

Mais um tempo andando, já estava anoitecendo e sentia que precisava parar para comer e descansar antes que desmaiasse. Entrou em um pequeno parque que havia ali perto e procurou um lugar mais discreto para se sentar. Comeu as barrinhas que tinha e bebeu a água, recarregando as energias. Depois se encostou em uma árvore e tirou um cochilo de quarenta minutos. Quando acordou, olhou em volta, tudo escuro. Procurou por uma lanterna em sua mochila, mas havia esquecido de colocar na mochila; acendeu a lanterna de seu celular e saiu do parque. 

A rua estava iluminada pelas luzes dos postes, então a lanterna não seria necessária naquele momento, mas seria uma boa comprar uma. O cientista decide ir até a loja de armas, talvez comprasse outra faca de caça, elas vinham a calhar. Entrando na loja, o vendedor o encarou desconfiado, talvez por estar com o semblante cansado e estar quase parecendo um zumbi. Se portou normalmente, tentando não parecer suspeito, pediu pela faca e pela lanterna. Pagou pelos dois e saiu da loja, precisaria passar no mercado para pegar mais comida.

A sirene soou, alta, e uma voz se seguiu dizendo que as ruas deveriam ser esvaziadas e todos os estabelecimentos fechados, imediatamente, pois alguns infectados haviam escapado do isolamento. O cientista começou a se esgueirar pelas sombras, para não ser visto pelas patrulhas. Continuou seu caminho como se tudo estivesse normal. 

Avistou um mercado e viu que ele estava aberto, então foi até lá. Pegou algumas barrinhas e garrafas de água. Mas quando estava indo pagar notou que não havia vendedor no mercado, estranhando tudo, o cientista colocou o valor do que pegou em cima do balcão e guardou as coisas na mochila, aproveitando para se equipar, algo ali dizia que as coisas ficariam feias. Saí cauteloso do mercado e se esgueira pelas sombras, andando por trás dos prédios e longe das luzes vermelhas. 

Conseguiu encontrar um atalho pelo parque florestal, as chances de ter alguém ali eram mínimas, tornando o caminho mais seguro. O cientista entrou e foi andando. Um barulho de galho quebrando lhe chamou a atenção. Olhando para trás viu uma mulher com cara de cansada, ela assemelhava um daqueles zumbis de filmes. Assustado o cientista apertou o passo, mas outros como ela apareceram em sua volta, se sentindo encurralado ele pega sua arma e fica preparado para atirar.

Essas pessoas pareciam mais criaturas, o jeito que elas pulavam para atacar não era humano. O cientista atira em algumas e tenta ao máximo se desvencilhar delas, sendo atingido algumas vezes. Mas ele consegue escapar, vivo. Corre pelo meio do parque e alcança a saída, que dava do outro lado da cidade. Agora estava na metade do caminho. Se senta em um local seguro e faz curativos em seus machucados. 

Seguindo seu caminho, o cientista percebe que tem algo vazando de sua mochila, ele para por um momento para verificar e percebe que era um dos frascos que continha uma parte muito importante para fazer a cura ser eficaz. Ele poderia reproduzir aquele líquido, mas precisaria pegar alguns produtos na farmácia. Então começou a andar à procura de uma.

Encontrou uma farmácia aberta, mesmo com medo de ser descoberto ele entra no estabelecimento, pede pelos materiais que precisa e paga, saindo dali o mais rápido possível. O que se segue é confuso e difícil de explicar. Algo lhe atingiu no pescoço e tudo ficou escuro, vozes abafadas soavam no fundo.

Depois do que pareceram horas, o cientista acorda em um local estranho, todo branco e sem saída visível. Mas reconheceu o símbolo desenhado na porta, ele estava no isolamento do laboratório. Sabia que não teria como sair dali, e sua mochila não estava mais em sua posse. Analisando como sair dali, se assustou com um barulho de fechadura, a porta se abriu mas ninguém entrou. Confuso o cientista saiu do isolamento olhando em volta, onde encontrou apenas um bilhete escrito:

Tudo está uma bagunça, só você pode acabar com essa loucura, mas tome cuidado com as câmeras de segurança.

Com cautela o cientista começou a andar pelo laboratório, ele precisava chegar até o sexto andar, onde a base de controle central se encontrava, e era lá que poderia consertar tudo, mas antes precisava encontrar sua mochila, precisava da cura para consertar tudo.

Sabia que os pertences de quem era escoltado ficava nos armários logo no final do corredor, então andou devagar, seguindo a rotação das câmeras para não ser pego. Procurou pelos armários até encontrar sua mochila, por sorte o que precisava para fazer a cura estava ali, suas armas no entanto tinham sido detidas, mas torcia para não precisar delas.

Pegando sua mochila com o que ainda tinha ali, procurou pelas escadas, o elevador poderia chamar atenção, e talvez fosse melhor procurar um jaleco para se camuflar no laboratório. No andar de cima tinha um vestuário, ele poderia passar lá.

Chegando no andar de cima procura pelas câmeras e analisa o caminho que precisa fazer para não ser pego. Vai cauteloso até o vestuário e pega qualquer jaleco que encontra, ouve passos se aproximando e se esconde em uma das cabines. Eram dois químicos, eles entram e logo saem. Aliviado o cientista sai da cabine, ajeita o jaleco e começa a sair, mas antes nota uma pasta com alguns documentos, ele parou para lê-los e ficou surpreso com o que descobriu: 

Experimento 1:

Fase 1: Concluímos o vírus e o primeiro teste foi um sucesso.

Fase 2: Espalhamos o vírus e tivemos sucesso no nível de contaminação.

Experimento 2:

Fase 4: Teste na cobaia A foi um fracasso. Queremos seres mais fortes, a cobaia apresentou respostas abaixo do esperado.

Sétimo dia:

Teste cobaia J foi um sucesso. Descobrimos a fórmula para criar metahumanos.

Assustado, o cientista continua seguindo pelo corredor, tinha mais quatro lances de escada para subir até chegar na base.

Um grupo de pesquisadores passava pelo corredor, mas o cientista conseguiu alcançar a escada antes alguém o visse. O andar de cima era onde eles mantinham os experimentos em andamento, então teria que ser extremamente cuidadoso ao andar por ali, pois teriam muitos cientistas rodando os corredores.

Abriu a porta da escada vagarosamente e olhou em volta, poderia sair e andar de cabeça baixa até a segunda sala, ela sempre ficava vazia e como ali todos usavam jaleco ninguém desconfiaria dele. O cientista consegue chegar até a segunda sala, entrou e fechou a porta, precisaria fazer uma nova amostra da cura, trabalhou o mais rápido que conseguiu e vedou o vidrinho, colocando na mochila e olhando para o corredor pela frestinha da porta.

Quando estava pronto para sair, um alarme tocou, algum dos experimentos tinha escapado, os cientistas corriam desesperados para a sala de proteção enquanto não mandavam a equipe de contenção. O cientista esperou todos os outros estarem na sala de proteção para sair, andou devagar, segurava um dos protótipos na mão, pronto caso fosse atacado.

As luzes se apagaram, deixando o corredor iluminado com a luz de emergência, era o método seguro de pegarem os fugitivos de surpresa. O cientista acendeu a lanterna, que não tinham confiscado, e procurou pela escada. Como previsto, o fugitivo tentou lhe atacar, mas o cientista estava preparado e o atacou de volta, injetando o protótipo em seu pescoço, o que fez a criatura meia humana cair em choque, provavelmente o corpo absorvendo a cura. Sem esperar para saber o que mais iria acontecer, o cientista correu para as escadas e subiu correndo.

O próximo andar estava cheio de pesquisadores e cientistas correndo de um lado para o outro, provavelmente pelo que aconteceu no andar de baixo, só precisava passar por mais esse andar para chegar na base. Então com toda a coragem que encontrou, o cientista andou por entre as pessoas que perambulavam o corredor, e como todos estavam muito ocupados, eles nem notaram o cientista passando ali. Chegou na última escada, e entrou correndo, tirou uns segundos para pensar.

Será que alguém estaria vigiando a base? Com certeza deveria ter alguém, talvez tivesse que criar uma distração. Voltou para o andar que parecia mais a 25 de março, e entrou na sala de suprimentos, pegou alguns materiais que poderia usar para fazer uma bomba caseira e voltou para a escada. Sentou em um dos degraus e montou a bomba, colocando na mochila e subindo para seu destino final.

Abriu a porta e olhou em volta, tinha apenas um segurança na porta, provavelmente os outros tinham descido para controlar a bagunça. 

O cientista caminha até a parte mais distante da base e prepara a bomba, corre de volta para a escada e espera o barulho. Quando a bomba explode, abre uma fresta para ver se poderia correr até a base. Ninguém estava lá, era seguro entrar.

Agora sem muito cuidado, o cientista corre até a base e tranca a porta, ligando o computador principal, que comandava todo o laboratório e os experimentos.

A interface do computador era encriptada, mas o cientista conseguiu decifrar e encontrar a pasta com todas as informações sobre os experimentos ilegais que estavam sendo feitos ali. Copiou a pasta para a rede geral, queria mandar para o FBI e para a CIA, eles poderiam fazer algo contra os que comandavam aquilo tudo. 

Porém antes de conseguir mandar, o chefe do experimento estava batendo na porta igual um louco, querendo entrar. O cientista se apressou então para terminar a cura, estava suando e muito nervoso, pegou os equipamentos que precisava e terminou de incrementar a partir da amostra que tinha feito, quando o chefe conseguiu abrir a porta a cura já estava pronta, e como o cientista era rápido, tinha conseguido colocar na máquina que eles estavam usando para espalhar o vírus, bastava apertar um botão e ela espalharia a cura.

Os guardas tentaram agarrar o cientistas, mas ele pegou o primeiro objeto que encontrou em cima da mesa e usou como defesa contra os guardas, conseguiu derrubar um e se aproximar do teclado do computador, outro tentou lhe agarrar, mas ele desvencilhou e conseguiu alcançar o botão para enviar os arquivos para o FBI e a CIA. Agora só precisava apertar o botão da máquina, mas o chefe estava na frente, e ele era enorme.

Usando o objeto em sua mão ele acertou a cabeça do outro guarda, que cambaleou para trás, o cientista tentou se esquivar e passar pelo chefe, mas ele era mais rápido, e jogou o cientista do outro lado da sala. Um pouco zonzo o cientista olhou a sua volta e viu um fio solto, segurou a parte encapada do fio e se levantou com cuidado, se aproximando mais uma vez do chefe. Com o objeto que ainda estava em sua mão tentou acertá-lo, mas ele esquivou, porém com a mão que segurava o fio conseguiu encostar a parte desencapada no chefe que levou um enorme choque e caiu no chão. O cientista correu até máquina e conseguiu apertar o botão, espalhando a cura pela cidade. Agora só teria que mandar a fórmula para o FBI conseguir espalhar para o mundo todo.

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